Observação

 

A observação pode ser considerada um método, um instrumento ou uma etapa de outros métodos; por isso, o observador tem tarefas idênticas às do experimentador – formular hipóteses, prévias controlar e generalizar resultados.

 

A observação pode ocorrer em laboratório (observação laboratorial) ou em contexto ecológico (observação naturalista). Nestes dois tipos de observação, o observador não participa na experiência (observação não-participante).

 

A observação laboratorial permite controlar melhor as variáveis, mas o ambiente é artificial, afectando por isso o comportamento dos sujeitos. Há comportamentos que não podem ser observados em laboratório – o observado tende a comportar-se de acordo com o que julga ser a expectativa do observador.

 

A observação naturalista valoriza a relação dos indivíduos com o meio em que estão inseridos, considerando que descolá-los desse meio equivale a uma perda de informação e uma distorção da mesma. Há dificuldade no controlo das variáveis.

 

Existe um outro tipo de observação em que o observador se integra na unidade social que vai estudar para recolher dados – observação participante. Valoriza a apreensão qualitativa do comportamento nos contextos sociais.

 

Existem diversas técnicas de registo sistemático dos dados da observação, tais como testes (situação de avaliação escrita, oral ou de realização de actividades), inquéritos (conjuntos de questões escritas), entrevistas, grelhas de observação (listagem de um conjunto de comportamentos a observar, que os sujeitos podem ou não emitir) e aparelhos de registo electrobiológico (electroencefalógrafo, cronoscópio electrónico, etc.).