Método Introspectivo

 

O método introspectivo foi o primeiro método usado em psicologia científica. A introspecção analítica ou introspecção controlada foi usada pelos estruturalistas (Wundt). Os indivíduos eram submetidos a estímulos numa situação padronizada; auto-observando-se descreviam a observadores treinados o que sentiam e assim permitiam a análise dos processos mentais conscientes. Este método não vingou, dada a impossibilidade de resultados estáveis e válidos. No entanto, a introspecção continua a ser largamente usada, como método auxiliar, na investigação dos nossos dias.

 

Críticas e limitações da aplicação do método introspectivo:

Só se observa um fenómeno psíquico depois de ele ter acontecido. A introspecção é, no fundo, uma retrospecção;

Os dados da introspecção só podem ser comunicados através da linguagem. Muitas vezes, o sujeito tem dificuldade em exprimir o que sente por palavras; diferentes pessoas descrevem de forma diferente o mesmo fenómeno psicológico;

Os fenómenos psicológicos não são compatíveis com a introspecção, pois se se está muito emocionado, não se consegue analisar a emoção; e existe dificuldade em analisar fenómenos psicológicos que se sucedem rapidamente;

O indivíduo que pratica a introspecção é o único que observa a sua experiência interna. A sua observação não pode ser controlada por outro observador;

O método introspectivo não se pode aplicar aos domínios da psicologia infantil, da psicopatologia ou psicologia animal;

A tomada de consciência de um determinado fenómeno, implica a sua alteração.