Oxana Malaya (Оксана Малая) (Novembro 1983) foi encontrada aos 8 anos por um vizinho como uma criança selvagem na Ucrânia em 1991, tendo vivido grande parte da sua vida na companhia de cães. Ela adaptou-se a uma série de hábitos de cão e assim foi difícil para a mesma aprender a falar. Actualmente Oxana vive numa clínica em Baraboy, Odessa, para sujeitos com deficiência mental.

 

Ela anda de quatro, arquejando para a água com a língua de fora. Quando chega a uma torneira bate com a frente do pé no chão, bebe a água com a boca aberta e deixa a água escorrer sobre a cabeça.

Até este ponto, você pensaria que Oxana está a imitar - mas no momento que ela balança a cabeça e o pescoço para se livrar das gotas de água, exactamente como um cão quando está molhado, você tem um sentimento estranho de que isto é algo além da imitação. Então, ela late.

O som furioso que ela faz não é como um ser humano fingindo ser um cão. É uma exacta e assustadora explosão de raiva canina e está vindo da boca de uma jovem mulher, vestida com calções e camisa.

Isto é Oxana de 23 anos revertendo ao comportamento que ela aprendeu quando era uma criança sendo criada por uma matilha de cães numa fazenda decadente na vila de Novaya Blagoveschenka, na Ucrânia. Quando ela mostrou ao seu namorado o que ela um dia foi e o que ainda podia fazer - os latidos, os ruídos, a corrida de quatro "patas" - ele assustou-se e o relacionamento deles acabou.

Oxana é uma criança selvagem, uma de apenas 100 no mundo. A história começa quando ela tinha três anos e seus pais alcólatras e negligentes deixaram-na de fora uma noite e ela foi até uma barraca onde eles deixavam alguns cães.

Ninguém a foi procurar nem pareciam notar que ela tinha desaparecido, então ela ficou onde tinha calor e comida - carne crua e restos - esquecendo que era ser humana, perdendo a pouca linguagem que tinha e aprendendo a sobreviver como membro da matilha. "Eu falava com eles, eles latiam, e eu imitava. Esse era o nosso meio de comunicação." conta Oxana.

Depois de cinco anos, um vizinho reportou uma criança vivendo com animais. Quando ela foi achada, Oxana mal podia falar e corria de quatro latindo, imitando aqueles que cuidaram dela. Se tinha uma coceira atrás da orelha, ela coçava com o pé.

Apesar de ela talvez ter visto humanos à distância, e parece ter entrado ocasionalmente na casa da família como uma vagante, eles não eram mais da sua espécie: toda a sua vida significativa estava contida num canil.